Para todo sempre!
Juan Antonio Pérez Bonalde
Traze-me uma caixa
de negra nogueira,
e nela deixa-me
por fim repousar.
De um lado meus sonhos
de amor coloca,
do outro,
minhas ânsias
de glória imortal;
A lira em minhas mãos
piedosas deixa,
e abaixo da almofada
meu formoso ideal...
Agora a tampa
traze e crava,
crava-a, crava-a
com força tenaz,
que nada meu
possa-me roubar...
Depois, uma cova
bem funda cava,
tão funda, tão funda,
que até ela jamais
alcance o ruído
do mundo a chegar.
Baixa-me a seu fundo,
a terra junta,
Cubra-me... e vá
embora
Deixando-me em paz...
Nem flores, nem lápide,
Nem cruz,
nem funeral;
E logo... esqueça-me
Para todo o sempre!
E a versão original:
Por Siempre Jamás!
Juan Antonio Pérez Bonalde
Traedme una caja
de negro nogal,
y en ella dejadme
por fin
reposar.
De un lado mis sueños
de amor colocad, del otro,
mis ansias
de gloria inmortal;
la lira en mis manos
piadosos dejad,
y bajo la almohada
mi hermoso ideal...
Ahora la tapa
traed y clavad,
clavadla, clavadlac
on fuerza tenaz,
que nadie lo mío
me pueda robar...
Después, una fosa
bien honda cavad,
tan honda,
tan honda,
que hasta ella jamás
alcance el ruido
del mundo a llegar.
Bajadme a su fondo,
la tierra juntad,
cubridme...
y marchaos
dejándome en paz...
¡Ni flores, ni losa,
ni cruz, ni funeral;
y luego...olvidadme
por siempre jamás!.
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